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quarta-feira, maio 09, 2007

Portalegre BTT Selenis Sportzone, 05/05/2007

5 de Maio de 2007 foi a data escolhida pelos "Ases do Pedal" de Portalegre para a realização da "Maratona BTT Selenis Sportzone".

A excelente organização das anteriores edições aliada à deslumbrante beleza natural do norte alentejano faz com que Portalegre seja já por muitos considerada a "Meca" do BTT nacional.

Como todas as grandes aventuras, esta não foge à regra e só quem nela participou perceberá que não é fácil traduzir em palavras tamanha experiência.

A edição de 2007 contou com a presença de aproximadamente 5300 participantes entre os quais 10 "Raposas". É um número de respeito e difícil de superar. A imensidão de ciclistas que se perfilaram desde muito cedo na zona de partida foi sem dúvida alguma o primeiro momento memorável desta aventura.

Numa primeira fase em que os percursos da maratona (100 km) e da meia-maratona (40 km) coincidiam, há a salientar o facto dos congestionamentos provocados pelo elevado número de ciclistas (e também pela inexperiência de alguns), obrigarem a longas paragens ou a marcha bastante lenta em zonas de quase inexistente dificuldade. A passagem nos diferentes postos de controlo dentro de limites de horário préviamente definidos pela organização obrigava a alguma gestão do tempo, principalmente pelos que se propunham à conclusão da maratona (100 km).

Após a separação dos percursos, era tempo de viver a aventura em toda a sua plenitude. O traçado mais longo revelava-se duro. Além da dificuldade natural de subir (...e subia muito!), as rápidas e espectaculares descidas também não permitiam descanso. O sobe e desce constante ia fazendo imensos estragos físicos. Não foram poucas as vezes em que se ouviu a pergunta "...mas porque é que me meti nisto?". A resposta estava bem ali, à nossa volta. Os magníficos trilhos e a estonteante paisagem faziam as maravilhas de todos quantos amam este desporto e o praticam numa vertente de lazer e usufruto da natureza.

Para os que completaram a maratona foi uma enorme realização pessoal. Para os que não o fizeram certamente que não o foi menos. Não me refiro aos que por infortúnio das quedas ou das avarias mecânicas foram obrigados a desistir mas àqueles que, tal como eu, não se sentiam na disposição de efectuar tamanho sacrifício e que, no limiar do prazer, voluntáriamente decidiram terminar ao km 60.

Após um merecido banho, um óptimo repasto aguardava os participantes. Da ementa constava caldo verde, sopa de cação, massa esparguete com lombo de porco, pudim, água, sumos e vinho, tudo "à vontade do freguês".

Relativamente à organização, a nota é muito positiva. O elevado número de participantes antecipava imensas dificuldades mas estas, no essencial, não se fizeram sentir. O percurso estava bem sinalizado. Os reabastecimentos bem organizados, em número suficiente e com diversidade de géneros. Os meios de socorro faziam-se notar embora tenha ouvido relatos negativos quanto à sua prontidão em zonas mais remotas. Neste aspecto há que ter em atenção a extensão do percurso que dificultava bastante a tarefa.

Para terminar, um grande bem haja para as gentes Alentejanas. A enorme alegria e hospitalidae com que receberam todos quantos se dirigiram a Portalegre irá com certeza ficar na memória de todos.

Uma nota final para um assunto, infelizmente, cada vez mais recorrente. Cerca de metade dos participantes da maratona (100 km), ou não terminaram o percurso ou não viram o seu tempo homologado pelas mais diversas razões, entre as quais não cumprirem os tempos de passagem nos postos de controlo ou mesmo à chegada. Estes passeios de cariz não competitivo são cada vez mais condicionados pela participação minoritária do "pessoal racing". As organizações tendem a cair no erro de, com vista à necessidade de superação destes participantes, elevarem de forma não poucas vezes absurda, a dificuldade dos percursos. Para a maioria, 100 km só por si seria já um bom desafio. A dificuldade acrescida dos traçados escolhidos deita por terra grande parte das virtudes deste desporto pois não há tempo para usufruir. Muitos dirão que há quase sempre a opção das meias-maratonas. Realmente há mas a mesma liberdade que todos têm em andar ao ritmo que mais lhes agradar é a mesma que cada um tem de fazer a opção por uma ou outra distância. Por outro lado, com vista a tirar o máximo proveito das regiões onde se realizam estes eventos, a grande maioria gostaria de percorrer o máximo de km's possível, assim o permita a dificuldade dos percursos. No caso de Portalegre, como tive oportunidade de conferir com muitos participantes, 40 km era pouco mas com esta dificuldade 100 km era muito.

10/05/2007, Joca

2 comentários:

Anónimo disse...

um passeio fantastico uma experiencia a repetir uma maratona acabada 5 estrelas

Anónimo disse...

Mais uma vez o Joca esteve a altura dos acontecimentos, com um excelente relato de todas as incidências da prova rainha do BTT nacional. Parabéns a todos quantos participaram... e à organização.

José Costa (Raposas)